sábado, 29 de setembro de 2012


 

 

FRAGMENTOS COTIDIANOS   -   Lázaro Barreto.

 

- Entre as dez mil melhores frases publicadas na Revista VEJA (que agora constam em livro), uma do Lula folclórico não podia faltar: “Uma galinha, por mais que ela saiba que precisa botar ovo para ter mais pintinhos, ela só bota um de cada vez”.

- “A esquizofrenia individual seria um refúgio contra a loucura social?” – Pierre Hahn.

- O matuto roceiro (ex-caipira da roça) sabe sem estudar, sabe por saber, vivendo.

- Shelley já dizia que toda linguagem é a relíquia de um poema cíclico abandonado. No abandono não existia e ao mesmo tempo existia, disponível para quem o apanhasse jogado ao léu.

- Freud nas entrelinhas dá a entender que todo esquecimento abre o caminho da imaginação.

- “Sob a égide de Freud e não de Jung é que vivemos” – Isabela Boscov.

- “No ensino público vale mais a pedagogia do raciocínio do que o da memorização. O raciocínio é um método que fica – e a memorização evapora”. – Cláudio de Moura Castro.

- “Chupar o gosto di dia.... Clara manhã, obrigado! O essencial é viver”. – Carlos Drummond de Andrade.

- O amor da concupiscência é um tanto violento e rápido: o da benevolência é pacífico e demorado.

- As Olimpíadas e o Mensalão: enquanto na Inglaterra julgam os melhores exemplos da raça humana; no Brasil o que está em deplorável jogo de empurra são  os piores exemplos.

- A hegemonia internacional da Inglaterra ao longo do tempo: a elegante, secular e limpa política imperial; a glorificação do Teatro, do Romance, da Poesia, da Música, do Cinema, através de expoentes como Shakespeare, T. S. Elliot, Bernard Shaw, Virginia Wolfe, Henry James, Hitchkook, os Beatles e tantos outro luminosos nomes em todas as belas áreas da criatividade humana. E agora o esplendor das Olimpíadas....

- O corpo é uma máquina eficiente, autônoma, saliente. Nenhum automóvel funciona durante 80 anos com a mesma desenvoltura e precisão. Viram sucata nas primeiras décadas. O corpo humano bem cuidado e cercado de carinho atravessa décadas e décadas, tinindo.

-  Como o musicista consegue prestar atenção na regência do maestro, na pauta manuscrita dos bemóis e sustenidos, se a cantora, além da bela voz, tem no perfil as almofadas do corpo e o semblante musical estampado em todas as linhas corpóreas? 

- Mas como afirma Kalil Gibran: “só quando você bebe do rio do silêncio é que realmente canta” ....

- Creio que assim como o poder público federal ficou beneficiado na parte moral e cívica da administração com a eleição da Dilma, Divinópolis também será beneficiada com a possível vitória eleitoral da Heloisa Cerri, candidata muito bem dotada em todos os sentidos plausíveis.

- O trabalho é uma restrição imposta à libido, como quer Marcuse? Uma restrição saudável e necessária, penso. A libido em si, agindo livremente, pode até causar uma espécie de alienação, mas sob o controle da singela sensualidade....

- Alguns estudiosos desconfiam que, se o câncer não foi eliminado pelo processo de seleção natural é porque se trata de um mecanismo inerente à natureza humana. Um protagonista letal, mas de alguma forma, indissociável da evolução de nossa espécie, agarrado a ela como um caranguejo. A palavra câncer vem do grego karkinos (caranguejo).

 

 

 

FRAGMENTOS COTIDIANOS   -   Lázaro Barreto.

 

- Entre as dez mil melhores frases publicadas na Revista VEJA (que agora constam em livro), uma do Lula folclórico não podia faltar: “Uma galinha, por mais que ela saiba que precisa botar ovo para ter mais pintinhos, ela só bota um de cada vez”.

- “A esquizofrenia individual seria um refúgio contra a loucura social?” – Pierre Hahn.

- O matuto roceiro (ex-caipira da roça) sabe sem estudar, sabe por saber, vivendo.

- Shelley já dizia que toda linguagem é a relíquia de um poema cíclico abandonado. No abandono não existia e ao mesmo tempo existia, disponível para quem o apanhasse jogado ao léu.

- Freud nas entrelinhas dá a entender que todo esquecimento abre o caminho da imaginação.

- “Sob a égide de Freud e não de Jung é que vivemos” – Isabela Boscov.

- “No ensino público vale mais a pedagogia do raciocínio do que o da memorização. O raciocínio é um método que fica – e a memorização evapora”. – Cláudio de Moura Castro.

- “Chupar o gosto di dia.... Clara manhã, obrigado! O essencial é viver”. – Carlos Drummond de Andrade.

- O amor da concupiscência é um tanto violento e rápido: o da benevolência é pacífico e demorado.

- As Olimpíadas e o Mensalão: enquanto na Inglaterra julgam os melhores exemplos da raça humana; no Brasil o que está em deplorável jogo de empurra são  os piores exemplos.

- A hegemonia internacional da Inglaterra ao longo do tempo: a elegante, secular e limpa política imperial; a glorificação do Teatro, do Romance, da Poesia, da Música, do Cinema, através de expoentes como Shakespeare, T. S. Elliot, Bernard Shaw, Virginia Wolfe, Henry James, Hitchkook, os Beatles e tantos outro luminosos nomes em todas as belas áreas da criatividade humana. E agora o esplendor das Olimpíadas....

- O corpo é uma máquina eficiente, autônoma, saliente. Nenhum automóvel funciona durante 80 anos com a mesma desenvoltura e precisão. Viram sucata nas primeiras décadas. O corpo humano bem cuidado e cercado de carinho atravessa décadas e décadas, tinindo.

-  Como o musicista consegue prestar atenção na regência do maestro, na pauta manuscrita dos bemóis e sustenidos, se a cantora, além da bela voz, tem no perfil as almofadas do corpo e o semblante musical estampado em todas as linhas corpóreas? 

- Mas como afirma Kalil Gibran: “só quando você bebe do rio do silêncio é que realmente canta” ....

- Creio que assim como o poder público federal ficou beneficiado na parte moral e cívica da administração com a eleição da Dilma, Divinópolis também será beneficiada com a possível vitória eleitoral da Heloisa Cerri, candidata muito bem dotada em todos os sentidos plausíveis.

- O trabalho é uma restrição imposta à libido, como quer Marcuse? Uma restrição saudável e necessária, penso. A libido em si, agindo livremente, pode até causar uma espécie de alienação, mas sob o controle da singela sensualidade....

- Alguns estudiosos desconfiam que, se o câncer não foi eliminado pelo processo de seleção natural é porque se trata de um mecanismo inerente à natureza humana. Um protagonista letal, mas de alguma forma, indissociável da evolução de nossa espécie, agarrado a ela como um caranguejo. A palavra câncer vem do grego karkinos (caranguejo).

 

 

terça-feira, 25 de setembro de 2012


 

 

FRAGMENTOS COTIDIANOS   -   Lázaro Barreto.

 

- Entre as dez mil melhores frases publicadas na Revista VEJA (que agora constam em livro), uma do Lula folclórico não podia faltar: “Uma galinha, por mais que ela saiba que precisa botar ovo para ter mais pintinhos, ela só bota um de cada vez”.

- “A esquizofrenia individual seria um refúgio contra a loucura social?” – Pierre Hahn.

- O matuto roceiro (ex-caipira da roça) sabe sem estudar, sabe por saber, vivendo.

- Shelley já dizia que toda linguagem é a relíquia de um poema cíclico abandonado. No abandono não existia e ao mesmo tempo existia, disponível para quem o apanhasse jogado ao léu.

- Freud nas entrelinhas dá a entender que todo esquecimento abre o caminho da imaginação.

- “Sob a égide de Freud e não de Jung é que vivemos” – Isabela Boscov.

- “No ensino público vale mais a pedagogia do raciocínio do que o da memorização. O raciocínio é um método que fica – e a memorização evapora”. – Cláudio de Moura Castro.

- “Chupar o gosto di dia.... Clara manhã, obrigado! O essencial é viver”. – Carlos Drummond de Andrade.

- O amor da concupiscência é um tanto violento e rápido: o da benevolência é pacífico e demorado.

- As Olimpíadas e o Mensalão: enquanto na Inglaterra julgam os melhores exemplos da raça humana; no Brasil o que está em deplorável jogo de empurra são  os piores exemplos.

- A hegemonia internacional da Inglaterra ao longo do tempo: a elegante, secular e limpa política imperial; a glorificação do Teatro, do Romance, da Poesia, da Música, do Cinema, através de expoentes como Shakespeare, T. S. Elliot, Bernard Shaw, Virginia Wolfe, Henry James, Hitchkook, os Beatles e tantos outro luminosos nomes em todas as belas áreas da criatividade humana. E agora o esplendor das Olimpíadas....

- O corpo é uma máquina eficiente, autônoma, saliente. Nenhum automóvel funciona durante 80 anos com a mesma desenvoltura e precisão. Viram sucata nas primeiras décadas. O corpo humano bem cuidado e cercado de carinho atravessa décadas e décadas, tinindo.

-  Como o musicista consegue prestar atenção na regência do maestro, na pauta manuscrita dos bemóis e sustenidos, se a cantora, além da bela voz, tem no perfil as almofadas do corpo e o semblante musical estampado em todas as linhas corpóreas?  

- Mas como afirma Kalil Gibran: “só quando você bebe do rio do silêncio é que realmente canta” ....

- Creio que assim como o poder público federal ficou beneficiado na parte moral e cívica da administração com a eleição da Dilma, Divinópolis também será beneficiada com a possível vitória eleitoral da Heloisa Cerri, candidata muito bem dotada em todos os sentidos plausíveis.

- O trabalho é uma restrição imposta à libido, como quer Marcuse? Uma restrição saudável e necessária, penso. A libido em si, agindo livremente, pode até causar uma espécie de alienação, mas sob o controle da singela sensualidade....

- Alguns estudiosos desconfiam que, se o câncer não foi eliminado pelo processo de seleção natural é porque se trata de um mecanismo inerente à natureza humana. Um protagonista letal, mas de alguma forma, indissociável da evolução de nossa espécie, agarrado a ela como um caranguejo. A palavra câncer vem do grego karkinos (caranguejo).

 

 

 

FRAGMENTOS COTIDIANOS   -   Lázaro Barreto.

 

- Entre as dez mil melhores frases publicadas na Revista VEJA (que agora constam em livro), uma do Lula folclórico não podia faltar: “Uma galinha, por mais que ela saiba que precisa botar ovo para ter mais pintinhos, ela só bota um de cada vez”.

- “A esquizofrenia individual seria um refúgio contra a loucura social?” – Pierre Hahn.

- O matuto roceiro (ex-caipira da roça) sabe sem estudar, sabe por saber, vivendo.

- Shelley já dizia que toda linguagem é a relíquia de um poema cíclico abandonado. No abandono não existia e ao mesmo tempo existia, disponível para quem o apanhasse jogado ao léu.

- Freud nas entrelinhas dá a entender que todo esquecimento abre o caminho da imaginação.

- “Sob a égide de Freud e não de Jung é que vivemos” – Isabela Boscov.

- “No ensino público vale mais a pedagogia do raciocínio do que o da memorização. O raciocínio é um método que fica – e a memorização evapora”. – Cláudio de Moura Castro.

- “Chupar o gosto di dia.... Clara manhã, obrigado! O essencial é viver”. – Carlos Drummond de Andrade.

- O amor da concupiscência é um tanto violento e rápido: o da benevolência é pacífico e demorado.

- As Olimpíadas e o Mensalão: enquanto na Inglaterra julgam os melhores exemplos da raça humana; no Brasil o que está em deplorável jogo de empurra são  os piores exemplos.

- A hegemonia internacional da Inglaterra ao longo do tempo: a elegante, secular e limpa política imperial; a glorificação do Teatro, do Romance, da Poesia, da Música, do Cinema, através de expoentes como Shakespeare, T. S. Elliot, Bernard Shaw, Virginia Wolfe, Henry James, Hitchkook, os Beatles e tantos outro luminosos nomes em todas as belas áreas da criatividade humana. E agora o esplendor das Olimpíadas....

- O corpo é uma máquina eficiente, autônoma, saliente. Nenhum automóvel funciona durante 80 anos com a mesma desenvoltura e precisão. Viram sucata nas primeiras décadas. O corpo humano bem cuidado e cercado de carinho atravessa décadas e décadas, tinindo.

-  Como o musicista consegue prestar atenção na regência do maestro, na pauta manuscrita dos bemóis e sustenidos, se a cantora, além da bela voz, tem no perfil as almofadas do corpo e o semblante musical estampado em todas as linhas corpóreas?  

- Mas como afirma Kalil Gibran: “só quando você bebe do rio do silêncio é que realmente canta” ....

- Creio que assim como o poder público federal ficou beneficiado na parte moral e cívica da administração com a eleição da Dilma, Divinópolis também será beneficiada com a possível vitória eleitoral da Heloisa Cerri, candidata muito bem dotada em todos os sentidos plausíveis.

- O trabalho é uma restrição imposta à libido, como quer Marcuse? Uma restrição saudável e necessária, penso. A libido em si, agindo livremente, pode até causar uma espécie de alienação, mas sob o controle da singela sensualidade....

- Alguns estudiosos desconfiam que, se o câncer não foi eliminado pelo processo de seleção natural é porque se trata de um mecanismo inerente à natureza humana. Um protagonista letal, mas de alguma forma, indissociável da evolução de nossa espécie, agarrado a ela como um caranguejo. A palavra câncer vem do grego karkinos (caranguejo).

 

 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012


ESTRATÉGIAS DA REPRESENTAÇÃO   -   Lázaro Barreto.

 

(Mensagem aberta ao crítico literário Mauricio José de Faria, que brindou-me com o livro (inédito) de titulo em epígrafe a respeito de meu livro “Aço Frio de Um Punhal).

 

É a primeira vez que me sinto diante de um espelho sem me ver feio ou paupérrimo, mas sim bem perfilado e lúcido a ponto de reconhecer não o reflexo deformado de certos enfoques apressados ou biliosos, mas sim a nítida transparência de um close retocado e enquadrado nos ângulos criteriosamente estudados.Uma análise que valoriza o objeto em pauta ao refundir sua concepção e quase recriá-lo no calor da releitura. E de repente o que estava no esquecimento (morto e sepultado?) abre os olhos, airosamente, levanta das páginas como que em novas impressões, ainda a esfregar os olhos e espreguiçando, mas já refeito e apto a encetar novas ações e imaginações.

 

A necessidade do crítico na literatura reside justamente aí, no afã da incursão e da iluminação do cenário da obra, agora visto de tão perto a ponto de se ouvir o balbuciar e o fluir (penosos ou não, contrafeitos ou não) de sua respiração, como se o crivo da crítica estivesse reescrevendo a obra ao escrever involuntariamente outra obra do mesmo gênero em prosa ou verso que pode ser até melhor do que o da referência. É o que faz Maurício José de Faria no belo ensaio a respeito de meu “Aço Frio de Um Punhal” (Edit. Guanabara, RJ, esgotado). A escritura dele afina tão bem com a leitura empreendida que a correlação escritor\leitor se evidencia a ponto de suprimir a distância geralmente existente nas obras predominantemente acadêmicas, que não é o caso desta. Tudo acontecendo como se o leitor estivesse escrevendo?

 

Folgo muito de ter em mãos um trabalho de fôlego que é também leve e profundo, arguto e fluente, legível e erudito. Fico muito feliz em merecer (?) o primeiro fruto de uma prospecção apresentada com tanta expressividade, augurando desde já, que persevere no avançamento de um caminho repleto de desníveis e saliências, que leva à paisagem da beleza cognitiva: é só firmar o olhar na caminhada que logo defrontará as esferas e os quadrantes, os campos e as matas, o oxigênio e a orquídea desafiando e aguardando quem deliberadamente aceita o pacto da impregnação eletiva, tácita e espontânea osmose. Fico feliz em prognosticar que meu livro vai encabeçar uma audaz e numerosa bibliografia do escritor Maurício José de Faria.

 

É desejável e necessário que toda essa gama de potencialidade supere o rol das dificuldades editoriais e possa enfaticamente ascender ao primeiro plano do palco, atualmente tão desfalcado, da crítica da crítica literária brasileira. O domínio da linguagem, as propensões da argúcia e da escritabilidade legível estão mais que demonstradas e agora é clicar e mover os mecanismos. E quem sabe ele já não está aí no seu canto de silêncio programado e exercitando os novos trabalhos que preencherão tantas lacunas, desfazendo tantas obscuridades, e que completarão tanto iluminamento numa área literária necessitada de acordar porque o sol já vai indo alto no céu e as pessoas na vida continuam a perder seus bens e dons por falta justamente de quem perfaça o encontro desses bens de um modo mais inteligente e legível?

 

A leitura do presente ensaio foi entrecortada de airosas e pungentes emoções, porque virava e mexia eu estava lá nos contos, a escrevê-los novamente. E mesmo absorvido no arranjo vocabular do ensaísta, agudamente esculpido no cerne da edificação crítica, eu recobrava outras absorções, principalmente a de que ali se falava de algo meu e não apenas do que me entretinha. Como o retrato na parede que tanto doía no Drummond. A leitura do texto dele transigia de um ânimo a outro, de um perdido para um recuperado em novas cores e tons, agora distinguindo e aglutinando o que é momentâneo e permanente na vida. A embaraçosa sensação de se estar ouvindo falar de si de uma forma distante e inesperada, mas tão calorosa, como se estivesse acordando de uma divagação, a se interrogar sobre o que fez, o que disse, a recobrar o ânimo, tal como a folha que se julgava morta e que agora, mesmo arrancada, é novamente ungida de luz e do calor de um velho coração abatido, porém vivaz. É assim que humildemente ao fim da leitura, bato no peito para tentar saber por que acabo de merecer tanta distinção.